Duo de Mãe

Ontem perdi o sono e altas horas já madrugada resolvi ligar a TV. Me deparei com um programa com muitos jovens onde estava sendo discutido os mais diversos temas. Um deles me chamou a atenção. Tratava-se de duas moças, jovens, que se diziam casadas, mesmo que não ainda oficial. Vivem juntas há cerca de três anos. O interessante é que uma delas resolveu ser mãe. A outra topou, só não queria engravidar. Alegava que não podia deixar de trabalhar, mas, concordou em ser parceira na história.

Procuraram uma clínica para a gravidez assistida. Nesta existe um banco de sêmem através de doadores anônimos e voluntários. Escolheram através de uma foto que direcionava o tipo de pai, com relação à cor e outras características que parecesse um pouco com as duas.

Nasceram gêmeas, duas meninas. O incrível é que a moça que não pariu os bebês, conseguiu amamentar por dois meses.

A platéia diante do contexto questionou se quando a criança crescer não iria perguntar sobre quem era o seu pai. Elas foram enfáticas ao dizer que, à medida que as crianças iriam crescendo, seria esclarecido paulatinamente a elas, todo o processo.

Perguntado ainda se na escola não iriam ser discriminadas. A resposta foi que escolheriam escola que tivesse diversificação nos alunos. Afirmaram ainda que hoje as crianças são poucas as que estão numa família tradicional, pai, mãe e filhos. A maioria é de mães solteiras ou casais separados.

Enfim para refletirmos sobre mães, necessário se faz que todos os tipos de maternidade sejam apresentados. Afinal estamos vivendo uma diversidade generalizada.

Mãe condescendente

Existem muitos tipos de mães. Aliás, ser mãe é uma tarefa dificílima. Imagine o que é ser responsável em construir personalidade de um ser humano.  E diga-se de passagem, cada filho é uma natureza.Ai é onde reside a maior dificuldade.

Quero me referir hoje em dia sobre o comportamento da sociedade atual. Perpassa uma cultura do ter. O ter passou a ter mais importância do que o ser. Claro os dois verbos são em essência distintos, porém, muito usado pela sociedade atual.

Estamos na era da tecnologia, onde em cada casa terá por obrigação que se comprar um computador. O telefone celular, nem se fala, pois as crianças já os possuem e fazem uso constante. Mesmo já estando provado cientificamente que o mesmo pode transmitir radiação e outros males.

Pois bem, a mãe condescendente, é aquela que faz todas as vontades do filh@. Quando pede um presente ou algo que um coleguinha tem. Ela imediatamente faz um esforço sobre humano, mas faz a vontade. Tudo para que o seu filho seja o que o outro é, caso contrário ficará menor. E nesse contexto, estamos construindo seres humanos sem a menor idéia de ética, que no seu sentido amplo define o comportamento de uma sociedade onde a primazia é o amor, a compreensão, a solidariedade, a fraternidade e a igualdade.

Então o que fazermos para que as mães consigam agir de uma forma que o futuro da nossa sociedade seja melhor e menos perversa? A resposta está em cada um de nós, fazendo com que o egoísmo não se apodere de nós e das mamães

MÃES VIVAS

Muito se fala das mães principalmente quando chega o mês de maio. A maioria das homenagens mais sensíveis vem dos filhos que já não as tem em seu convívio.

Aproveito este espaço para dizer a tod@s  os filhos que se encontram nesta situação.

Aproveite, dê muita atenção, carinho, compreensão enfim todos os adjetivos possíveis. Esquecemos que no dia em que ela faltar ao nosso lado. Tudo vai ser belo e maravilhoso. Portanto prestemos bem atenção nas qualidades que elas têm e pela dedicação eterna delas.

O grande problema dessa não atenção às nossas mães, são as nóias que acometem nossas consciências quando as perdemos.

Não vejo novelas, mas outro dia vi uma cena de uma novela que está sendo veiculada às dezoito horas, uma mãe que trabalhou de fachineira o tempo todo para mandar dinheiro para o filho que estava numa cidade grande estudando “medicina”, enganou-a o tempo todo e ao voltar ainda continua enganando se passando por médico. Essa mãe deixa de comer   e até de tomar banho com sabonete para que o filho tenha tudo. E ele por sua vez se aproximou dela ainda teve a petulância de dizer que ela estava com cheiro de sabão.

É uma ficção, mas acontece na vida de muita gente sim.

Então filhos e filhas façam uma reflexão  e vejam se não estão sendo injustos e injustas com aquela que desde a tua permanência no ventre dela já eras a coisa mais importante da vida delas.

Minha mãezinha querida

Para te homenagear não preciso esperar que chegue o segundo domingo de maio. Minha vida é toda de agradecimento. Primeiro por ter nascido e segundo por ter tido você comigo durante quarenta e oito anos.

Pode até parecer pouco tempo, mas foi tudo de bom o que me permitisses viver. Talvez tenha desperdiçado muitos momentos, mas foi o suficiente para reconhecer a tua  importância na minha vida e na dos meus filhos. E por falar em filhos. Ainda hoje vejo resplandecer a tua imagem na personalidade principalmente de Emanoel, que tu imprimiste e transmitiste um legado de responsabilidade, lealdade, honradez, seriedade e tantos outros adjetivos que aqui não caberia.

Lembro com muita nitidez minha infância, onde me destes toda a liberdade de enfrentar o mundo com alteridade. Nunca me censurastes. Dizia vá à loja escolha um tecido e compre; Vá à igreja; vá brincar com suas amiguinhas etc etc. Sempre me deu liberdade e com certeza não confundi com libertinagem e sempre fui correta em tudo que fiz até hoje.

Minha Zefinha, assim eu a tratava em alguns momentos de carinho, a saudade é imensurável. Até o teu perfume às vezes sinto. Mas tenho uma certeza. De acordo com a tua vivência neste mundo humano, creio que o senhor Jesus te reservou um lugar privilegiado.

Considero-te uma heroína. Quando em meados de século dezenove, onde a mulher não possuía nenhuma autonomia. Fostes capaz de separar de meu pai com três crianças de três, cinco e sete anos. Num tempo onde as leis não defendiam a mulher. Tanto que o meu pai nunca dependeu de recursos obrigatórios mensal. Tu é que fostes à luta para sobrevivermos.

Não sei o motivo da separação, mas o meu pai foi relapso e insensível durante nossa infância, adolescência e juventude. Mas tu permanecestes firme até o dia em que o Senhor resolveu te raptar de nós. Doeu demais, mas de uma coisa eu tenho certeza, enquanto vivesse eras considerada o sustentáculo da família. Em todas as ocasiões, de alegria e de tristeza. Tinhas sempre uma solução a apresentar.

Domingo é dia das mães no calendário oficial, mas no meu pessoal todos os dias são teu dia.

Saudades eternas da tua filha.