quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feia - menina sofrida



Semana passada meu filho me presenteou com um livro chamado Feia, é de uma autora americana e baseado em fatos reais. Por ser um tema que gosto muito todo livro com esse tema da mulher, ele sempre se lembra de mim. Outro dia li “A Infiel”, nossa muito bom depois comento sobre ele. Hoje quero me deter na “Feia”.
Trata-se de uma menina que ao nascer foi rejeitada pela mãe simplesmente por ser feia. Do começo ao fim do livro está retratada uma violência sem precedentes. Mãe de três filhas e Clarie a feia era tratada com desprezo e violência. As outras duas dormiam no quarto junto ao dos pais. Clarie dormia num quartinho sem nenhuma condição humana. Ela fazia xixi na cama era todas as noites  era sempre acordada pela mãe com surras que variavam de cinto com fivelas a murros nas costas, no rosto e pontapés. E guardava os lençóis molhados numa sacola plástica para que não enxugasse para serem usados  na próxima noite. Chegou ao cúmulo de instalar uma cirene que era acionada cada vez que Clarie molhava a cama.
A menina fazia todos os serviços domésticos e tinha que ser bem feita. Mesmo assim com toda essa violência tratava a mãe com doçura e sempre fazia perguntas tipo: mamãe a senhora quer que eu faça o seu chá? Mamãe posso servir o seu jantar? A resposta era sempre ríspida e geralmente acrescentava: tu és muito feia menina, mijona, teus lábios são de desentupir pia, desaparece vai procurar o que fazer. As roupas que usava era sempre as que não dava mais para as irmãs.
A história é tão chocante que vou parar por aqui, mas o fInal é que ela saiu de casa estudou, trabalhou e se formou em direito, denunciou os maus tratas. Chegou a se tornar juíza e num determinado júri sua mãe foi condenada. Ficando revoltada com a filha e achando-a injusta.
Quanta injustiça é praticada contra crianças seres indefesos, é impressionante.

Importância dos números nas nossas vidas



Estava pensando com meus botões essa madrugada, aliás, esta não é a primeira vez. Então resolvi partilhar no recanto.
Tudo começa na concepção. Quando a mulher engravida começa contar o tempo, iniciando com o número de meses até chegar o nono. Dentro desse período vem às visitas ao obstetra que é agendado através de uma data e um horário marcado. Quando é Cesário, também exige um número que é a data da cirurgia e logo após os oito dias de licença do pai além dos quatro ou seis meses da mãe.
O bebê nasce e começa a contagem dos dias em seguida dos meses. Com isso vêm as mamadas que devem ser de três em três horas. A vacinação também é contada com dosagens aplicadas de acordo com o número de meses.
Ai vem o aniversário de um, dois etc etc,.  Aniversários que segue a data do nascimento. Aos dois vão já à escola maternal e acordam numa hora determinada para que os pais o deixem lá na escolinha. Em seguida a hora de pegá-los de volta. Ao crescer um pouco começa a conhecer a moeda vigente e entra definitivo no mundo dos números, claro também na escola que começa o número de séries a alcanças a cada ano. Nesse percurso tem as data das avaliações e junto a isso  as notas e as férias que também é contado os dias.
No final do ano vem o natal que é dia vinte e cinco que antecede o novo ano. E toda contagem acontece: é pagamento das matrículas, impostos, livros, viagens de férias e por ai vai. Chega fevereiro e vem o carnaval com seus três dias que alguns estados.  Logo após o carnaval na quarta feira de cinzas começa  a quaresma que significa quarenta dias. Vem o dias das mães segundo domingo de maio. Em seguida o período junino, principalmente no nordeste que também vira trinta dias de forró.
Enfim amigos é uma ladainha de números na nossa vida sem contar com os cartões de créditos e empréstimos consignados que está tirando o sono de muita gente.
Vou parar por aqui, sabemos que os números verdadeiramente nos seguem, queiramos ou não.

Minha querida professora



Estudei sempre em escola paroquial, principalmente nos primeiros anos da minha vida. Lembro da dona Lia, que me ensinou as primeiras letras e também o catecismo. Foi ela que pegando na minha mão me ensinou a fazer o “pelo sinal’ – termo usado para se benzer. E nisso fui aprendendo a ler e escrever, mas sem ser oficial. Só no final do ano apareciam umas moças de outra cidade, acredito que da prefeitura. Elas faziam uma arguição oral, determinando a passagem de ano.
Chegando a quanta série fui estudar numa escola estadual. Qual não foi a minha surpresa. Estava surgindo, eu acho, a matemática moderna. Eu não conseguia entender nada. Lembro de um problema que dizia o seguinte: um tanque fica cheio com uma torneira derramando tantos litro d’agua e tal. Alguns ou a maioria, logo respondiam e calculavam,  eu não entendia e nem perguntava a professora e nem ela notava. Terminei esse ano não sei como, mas sem saber de nada.
No outro ano tive como professora exatamente a que sinto muita saudade. Uma professora negra, dona Angelita. Gostaria de encontrá-la, não sei se ainda vive na referida cidade. Essa sim, conseguiu me ensinar, quer dizer a toda turma, tudo. Digo tudo, porque os ensinamentos dela e a sua metodologia, eram simplesmente encantadora. Em português, tudo que aprendi àquela época não esqueci nada, também todas as matérias. A prova disso é que não tive dificuldade de passar no admissão ao ginásio, que considero o vestibular de hoje. Pois sem passar nele era impossível cursar o primeiro grau.
Então a grande saudade minha e o reconhecimento a querida professora dona Angelita. Onde quer que ela esteja, se neste plano ou em outro, a minha homenagem e agradecimento.

Uma cidade sem controle de trânsito




Lendo o Jornal Diário de Pernambuco e às segundas feira o escritor Paulo Coelhos escreve sobre suas viagens ao exterior, e encontrei a seguinte observação que muito me chamou a atenção.
Na cidade de Drachten na Holanda os acidentes se sucediam com uma cosntancia impressionante. Então os governantes resolveram mudar o sistema de trânsito. Retiraram todos o semáforos e placas de trânsito, acabaram com as faixas divisórias das rodovias, criaram parques com fontes luminosas e aquáticas, para que os pedestres ao esperar para atravessar se abastecesse de paisagens lindas e aconchegantes.
Pois bem, com esse sistema os motoristas são os responsáveis pelo andamento do trânsito. Enfim, deles depende todo o funcionamento. Com isso, as pressas acabaram a solidariedade se instalou fortemente. Só pra se ter uma idéia, para entrar à esquerda ou direita depende exclusivamente deles.
Será que esse sistema funcionaria no Brasil? Tenho minhas dúvidas e você?

UBUTUM




Li num jornal uma história triste. Um antropólogo estava numa tribo na África fazendo um trabalho antropológico.
Ao terminar chegou o dia de retornar ao Brasil. Estava num local esperando o transporte que o levaria ao aeroporto. Como ainda ia demorar observou que na localidade existia muitas crianças. E resolver conversar com elas e também presenteá-las com bombons.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade. Amarrou um laço de fita e colocou debaixo de uma árvore. Combinou com as crianças que quando ele dissesse já, elas deveriam correr e pegar os bombons.
Avisou que iria dá o grito que deveriam posicionar-se no marco demarcatório. E disse: já!!!!!
As crianças posicionaram-se, deram-se as mãos e em fila dirigiram-se ao encontro dos doces. Chegando lá começaram a distribuir entre si os doces.
O antropólogo ficou admirado do comportamento das crianças e perguntou: por que elas não ficavam com todos os doces?  No entanto repartiram com todas.
Elas responderam; UBUTUM tio, como iríamos ficar com tudo se existia tantas crianças.
Ubutum significa: “Quem sou eu, porque somos todos nós”
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição.
Como seria bom que no Brasil as pessoas conseguissem passar exemplos assim para nossas crianças.